segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Em branco

(Finjo que) não
encontro
nas folhas

rasgadas
amassadas
esparsas

ao vento

em tinta

escrita
borrada
manchada (de sangue)

sem letra
que diga
ou sugira

o fim

abruptamente
interceptado
em ponto final.

4 comentários:

  1. Não existe o ponto final. apenas as reticências. E as letras dizem exatamente o oposto: o não-fim. Apenas o tempo.

    Bjs e mais uma vez, parabéns!!

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  2. O tempo é um buraco negro.
    E rabiscos não são letras. Não dizem.
    E reticências não podem ser ponto final ao cubo?
    No fim, tudo são perguntas.

    Obrigada!
    Esse poema veio ainda bruto. Só um rascunho.

    A propósito, onde estão os seus "poemas que esperam ser escritos"?

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  3. E reticências não
    podem ser ponto final ao cubo...
    Afinal. o fim
    o começo...
    a reta
    o sentir
    sem saber onde vou

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