quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Prefácio do livro Asas Vestigiais, de João Paulo Barbosa


Está ai o primeiro livro do nosso João Paulo. Digo nosso, mas ele de ninguém é e, se o fosse, com toda a afabilidade e doçura, cuspiria nas faces dos de seu dono.

Neste livro chulo, que nada mais é do que a pura maldade, ele se refaz em versos de pura subjetividade, que em nada se importa com o leitor barata, o leitor leitor, características essas de sua escola – a escola do movimento esgoicicista, do qual fazem parte Abiatar David de Souza Machado, Erik Romero Fardin, Elmano Sobral, Faiollo e outros. E quando falo do desprezo ao leitor, cito até mesmo o filósofo eleito pelo grupo: “Mais um século de leitores e até o espírito estará fedendo”.

Bem, a poesia de João Paulo é uma velha casta, que rompe o hímen de suas entranhas para mostrá-o aos netinhos. Sua relação com a escrita aqui, é, antes de mais nada, puro desdém. Escrever, para ele, é um ato destituído de vontade. A palavra , como profunda corrente oceânica, flutua na superfície de seu próprio impulso. E por isso, um livro torto, como as asas das drosófilas ditas vg, como seu transmitir de sentimentos e atos, como sua própria vida errante.

Bem-vindos ao mundo do egoicicismo.

Bem-vindos a João Paulo Barbosa em suas Asas Vestigiais.


Seguem na próxima postagem três poemas do livro.

3 comentários:

  1. Biatão, gigante compadre!
    o prefácio aguça o desejo de leitura.
    depois me mostra isso em terras caratinguenses... blza?
    abraçotes

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