minha língua, minha cobra
arrasta-se pelos escombros
do vão edifício que rui, soçobra :
o Congresso que trago nos ombros
minha língua maledicente
avança contra os tornozelos
como verdadeira serpente
a condenar eleitos desmazelos
minha língua morde, mordaz
ou pica a mão e seu dinheiro
a tombar, e ser deixado para trás
a mercê de um país-bueiro
minha língua, dinamite ou lâmina, que se foda !
- ela condena sem punir, inábil moda...
Que o Edifício da Vaidade exploda !
Ah, Árvore do Dinheiro... que minha lâmina poda !
minha língua ou cobra, engole por inteiro
prostradas damas de uma política prostituta
essas gentes insanas do puteiro
de uma república fajuta
minha língua sem limites
carrego nos ombros, nas costas
e está cheia de palpites, de dinamites
para explodir esses bostas !
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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