Há muito, muito, mas muito tempo atrás mesmo, na bucólica mas intempestiva província de Caratinga, numa galáxia muito distante, eis que tomava corpo o períodico cultural LITERATURA ALTERNATIVA. Organizado pela guilda semi-secreta que respondia pelo nome público de Grupo Literário Poesia e Arte, relatos imprecisos parecem apontar que o pergaminho tipográfico chegou a ser publicado por cerca de três anos, provavelmente entre 1998 e 2000 da Era do Mastodonte Lírico, quando da dissolução da corporação por motivos ainda pouco esclarecidos.
Este espaço é dedicado especialmente, e não exclusivamente, para todos aqueles espíritos que de algum modo ouviram falar, leram, escreveram, publicaram, gostaram, odiaram, ou quiçás, para as arqueológicas almas perdidas pelo mundo que participaram direta ou indiretamente do LA!
Os colegas de blog têm escrito bem demais. Poema bom. Vou me aventurar a um comentário em torno da escolha vocabular:
Além do campo semântico, o sintagma nominal "amigo bandido" é muito bom, pois, no campo estético, resulta numa rima interna e toante a-i-o. O segundo verso, que contém um termo mais forte, "sumido",ao meu ver supera o primeiro do ponto de vista semântico, mas não em relação ao estético. A aliteração "tempo tempo templo" é boa, pois a palavra vai se transformando, por meio da repetição, o que nos lembra e nos remete à estética concretista. O fim do poema é bom, pois o retorno parece mesmo possível.
Parabéns João Paulo!
Mas onde está o Abiatar que ainda não deu as caras?
Os colegas de blog têm escrito bem demais. Poema bom. Vou me aventurar a um comentário em torno da escolha vocabular:
ResponderExcluirAlém do campo semântico, o sintagma nominal "amigo bandido" é muito bom, pois, no campo estético, resulta numa rima interna e toante a-i-o. O segundo verso, que contém um termo mais forte, "sumido",ao meu ver supera o primeiro do ponto de vista semântico, mas não em relação ao estético.
A aliteração "tempo tempo templo" é boa, pois a palavra vai se transformando, por meio da repetição, o que nos lembra e nos remete à estética concretista. O fim do poema é bom, pois o retorno parece mesmo possível.
Parabéns João Paulo!
Mas onde está o Abiatar que ainda não deu as caras?
Alguém percebeu a ambiguidade de "eras"? Passado mais que perfeito do verbo ser: tu eras o que já não és.
ResponderExcluirGrande amigo,
ResponderExcluirsó consigo falar do seu texto
como se fala de um presente,
recebido como algo melhor e pior
do qualquer carinho.
adorei!