era de um azul raro
que nem tão perto
nem tão distante
tremulava
as curvas da asas
ofuscavam o céu
no jardim
era o contraste necessário
expressando nas cores
vitalidade extásica
ela seguiu você
e sorriu para mim
fechando-se no verso
acinzentado do seu dorso
Esse me fez ver tal borboleta como uma sacana, tipo o cupido sabe?!... até me diverti quando ela te sorriu. Este poema é uma pérola de nosso blog. Parabéns Camarada, parabéns!!
ResponderExcluirEsse é um poema suave, que me lembrou um conto do Guimarães Rosa chamado "Sequência". Só que lá, o "cupido" é uma vaquinha vermelha... Como se tudo já estivesse preparado, é só seguir... Algo extremamente singelo e essencial, mas perdido. Por isso ser um poema tão especial, no meu modo de ver.
ResponderExcluirO formato do poema não passou despercebido. A borboleta de letras cria um texto cujas palavras são todas pontuais e precisas. Difícil algo hoje sem excessos.
JP, creio que às vezes (e às vezes muitas vezes), um certo erotismo subliminar do cotidiano é o que vivifica a experiência da vida, mais do que as turbulências e os arrebatamentos explosivos... mas às vezes...
ResponderExcluirAgata, que louco. Sabe que só agora fui perceber a formatação do poema, centralizado... rs