domingo, 21 de novembro de 2010

O homem do mar

          É com grande pesar que recebo a notícia de que o amigo e escritor Moacir C. Lopes faleceu hoje, pela manhã, no Rio de Janeiro. Há quase dez anos eu o via pela primeira vez, numa palestra sobre seu romance A ostra e o vento, ocorrida num Encontro de Escritores em Viçosa-MG. Depois disso mandei-lhe e-mails, pesquisei a sua obra, e teve início uma grande amizade. Tive a oportunidade de estar com ele outras vezes em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Soube de seu falecimento pelo amigo Manoel Carlos. Moacir Lopes parte deixando uma obra ímpar e saudades sem fim. 

          Certa vez escrevi um poema, "O homem do mar", que dediquei ao amigo Moacir C. Lopes:



O homem do mar

                                            A Moacir C. Lopes

O mundo sopra
o vento, que adentra
feito corrente de ar
a sua morada.

O sopro
uivado na bananeira
atravessa a janela
percorre corredores.

O vento circunda
adentra o peito do homem
do mar. Labirinto
e sonho de voar.

O suspiro do homem
vira vento no mundo.
As folhas se contorcem
bananeira a uivar.

2 comentários:

  1. ô, Trechera, essa notícia veio-me doer.

    Ah, rapaz, por que ele foi morrer?

    Ele não era, afinal... um imortal?

    Marcão,
    aquele filme que rodaram em Lavras Novas
    acho que se chama "As filhas do vento",
    ou "Ninho de Cobras"
    não é baseado n'"A ostra e o vento"?

    A Mônica fez uma coadjuvância na parada.
    Achei maneiro o filme, mesmo sem entender nada.

    Que Deus a tenha a alma dele
    e que a mesma por nós zele
    pois somos discípulos
    de autores espíritos.

    Abraço
    do braço

    Úmero

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  2. Amigo Úmero,
    Sobre o filme "As filhas do vento" eu não sei. Uma vez li algo sobre esse filme, mas não me lembro mais.
    Tem um outro filme homônimo dirigido pelo Walter Lima Jr. Este fez muito sucesso.
    Abraços do Teixeira.

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