domingo, 19 de dezembro de 2010

Rio revisitado


Arranjo os rebotalhos,
Remendo o passado.
Respiro teu perfume
Pérfido, sagaz, pervertido, prostituído, malandro e amargo.
Cuspo no prato que comi.
Cuspo pra cima também:
O escarro volta e lambe a minha cara.

Me lembro do Giovane,
Sozinho no Amarelinho...
Por ele eu tomo,
Pra ele eu bebo
Vários chopps no Amarelinho...
Bebo, como os amendoins
E vomito no mundo.

Ah, se estivesse por perto agora
Alguém que eu gostasse!
Bastante dinheiro, quem sabe?
Construiria uma noite gostosa.
Depravada?
Não, infinita...
Como a dos pivetes que rondam os monumentos!

Da praça,
Da noite,
Do Rio...


Por Carvalho

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