sábado, 28 de novembro de 2009

O Caminho Lunar


Derretimento
Polar
gelar
do gelo de mim
do gélido dentro
de mim.

Agora sei que foi a fumaça
dos cigarros que fumarei
efeito da estufa fechada
trancada.
Agora com cigarros estou
nú.
jogo fora a água
dos jarros: de um água
de outro água também.
e lá das Plêiades
o brilho era da fumaça

Fui lá fora. Olhei a rua
Voltei
Tinha uma pedra incandescente
no lugar da água dentro
de mim.

2 comentários:

  1. É curioso como que os poetas sempre se voltam para temas atuais e futuros. No poema do João Paulo a relação Mundo versus Eu. Fiquei lembrando do Drummond com seus discos voadores e a colonização dos planetas vizinhos.

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  2. Mas é que o mundo e eu somos a mesma coisa. Deve ser uma relação muito infantil essa, a de se ver como parte intrínseca do mundo, assim como um bebê não sabe ainda se separar da mãe. Não sei o que de mim é meu ou do mundo em que vivo. Que bom que ainda não crescemos.

    ... menos o Marcos, que tem segunda edição publicada!

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